sexta-feira, 15 de agosto de 2008

OCORRÊNCIA DE CASOS DE BACILOSOPIA POSITIVA NA CIDADE DO PAULISTA

A tuberculose é uma doença com distribuição mundial. O retardo do diagnóstico, o abandono do tratamento, o sinergismo com o vírus da imunodeficiência adquirida aumentam os índices de morbidade e mortalidade causadas pelo Micobacterium tuberculosis. O Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PCNT) do Ministério da Saúde (MS), com apóio da Secretária de vigilância em Saúde (SVS) e da Secretária de Saúde da Cidade do Paulista (CEAMP), tem como principal objetivo promover o controle da tuberculose, diagnosticando a doença utilizando métodos laboratoriais simples, rápidos, confiáveis e pouco onerosos, como a baciloscopia e obter estimativas de prevalência e tendências dos casos de tuberculose pulmonar em uma determinada população, permitindo assim tratar doentes bacilíferos, diminuindo a morbidade, mortalidade e transmissão da tuberculose. O presente trabalho foi conduzido com o objetivo de verificar a ocorrência de baciloscopia positiva na cidade do Paulista. Foram utilizados dados dos pacientes que realizaram exame de baciloscopia, pelo método de Ziehl-Neelsen no Centro de Endemias e Análises médicas de Paulista (CEAMP), no período de janeiro de 2007 a maio de 2008 com amostras (escarro) de pacientes da zona rural, distrito industrial, áreas de praia, região central. Foram realizados 4200 exames, que representam 1,75 % da população do município. Foram 4200 exames realizados em 1543 Sintomaticos respiratórios de tuberculose pulmonar, sendo que destes 9,5% tiveram resultado de baciloscopia positiva, sendo 1.6/1000 habitantes. De acordo com os resultados concluiu-se que os resultados do permanente inquérito laboratorial das baciloscopia para tuberculose é um instrumento fundamental e no êxito no controle da morbidade, mortalidade, transmissão da doença e planejamento terapêutico e também como estratégias de vigilância epidemiológica no município de Paulista.




Juliana Vital Domingos Silva1, Patrícia Lúcia Arruda de Andrade2, Tatiana Maria da Silva3, Félix Gerardo de Vasconcelos Motta3
1. Departamento de Ciências Farmacêuticas. Centro de Ciências da Saúde – Universidade Federal de Pernambuco-UFPE. Av. Prof. Arthur de Sá S/N – Cidade Universitária, Recife – PE, CEP: 50740-521.
2. Faculdade Maurício de Nassau – Rua Guilherme Pinto
3. Centro de Endemias e Análises Médicas de Paulista – Secretaria de Saúde da Prefeitura da Cidade do Paulista - A. Palmares S/N - Arthur Lundgreen I - Paulista - Pernambuco

terça-feira, 29 de abril de 2008

Diagnóstico Laboratórial da Hanseniase

Dr. Félix Gerardo e Vasconcelos Motta
Biomedico

O centro de Endemias e Analises Medicas do Paulista
Realiza os exames de diagnostico da Hanseniases em todo o municipio da cidade do Paulista
na região metropolitano do Recife.


A hanseníase é uma doença infecciosa, de evolução crônica (muito longa) causada pelo Mycobacterium leprae, microorganismo que acomete principalmente a pele e os nervos das extremidades do corpo. A doença tem um passado triste, de discriminação e isolamento dos doentes, que hoje já não existe e nem é necessário, pois a doença pode ser tratada e curada.
A transmissão se dá de indivíduo para indivíduo, por germes eliminados por gotículas da fala e que são inalados por outras pessoas penetrando o organismo pela mucosa do nariz. Outra possibilidade é o contato direto com a pele através de feridas de doentes. No entanto, é necessário um contato íntimo e prolongado para a contaminação, como a convivência de familiares na mesma residência. Daí a importância do exame dos familiares do doente de hanseníase.
A maioria da população adulta é resistente à hanseníase, mas as crianças são mais susceptíveis, geralmente adquirindo a doença quando há um paciente contaminante na família. O período de incubação varia de 2 a 7 anos e entre os fatores predisponentes estão o baixo nível sócio-econômico, a desnutrição e a superpopulação doméstica. Devido a isso, a doença ainda tem grande incidência nos países subdesenvolvidos.
Manifestações clínicas
As formas de manifestação da hanseníase dependem da resposta imune do hospedeiro ao bacilo causador da doença. Esta resposta pode ser verificada através do teste de Mitsuda, que não dá o diagnóstico da doença, apenas avalia a resistência do indivíduo ao bacilo. Um resultado positivo significa boa defesa, um resultado negativo, ausência de defesa e um resultado duvidoso, defesa intermediária. Temos então, as seguintes formas clínicas da doença:
Hanseníase indeterminada: forma inicial, evolui espontaneamente para a cura na maioria dos casos e para as outras formas da doença em cerca de 25% dos casos. Geralmente, encontra-se apenas uma lesão, de cor mais clara que a pele normal, com diminuição da sensibilidade. Mais comum em crianças.
Hanseníase tuberculóide: forma mais benigna e localizada, ocorre em pessoas com alta resistência ao bacilo. As lesões são poucas (ou única), de limites bem definidos e um pouco elevados e com ausência de sensibilidade (dormência). Ocorrem alterações nos nervos próximos à lesão, podendo causar dor, fraqueza e atrofia muscular.
Hanseníase borderline (ou dimorfa): forma intermediária que é resultado de uma imunidade também intermediária. O número de lesões é maior, formando manchas que podem atingir grandes áreas da pele, envolvendo partes da pele sadia. O acometimento dos nervos é mais extenso.
Hanseníase virchowiana (ou lepromatosa): nestes casos a imunidade é nula e o bacilo se multiplica muito, levando a um quadro mais grave, com anestesia dos pés e mãos que favorecem os traumatismos e feridas que podem causar deformidades, atrofia muscular, inchaço das pernas e surgimento de lesões elevadas na pele (nódulos). Órgãos internos também são acometidos pela doença.

terça-feira, 1 de abril de 2008